domingo, 1 de março de 2015

Pedacinhos de uma Tia tão, mas tão querida


A vontade que me deu de te enviar uma destas escondidinha no caixão... Sim, eu sei, é tolice, mas faria muito mais sentido que as flores todas que te deram. 









Tantas e tão felizes horas, nós as duas, na mesa da cozinha da Avó. 








Eram as tuas preferidas. Em parte, porque não sobrevivem muito tempo depois de colhidas. Achavas que o lugar das flores era junto do seu caule, da sua raiz, da sua terra. Não se deve matar a beleza. Como tinhas razão... 







Foi assim que me ensinaste, entre tantas, a palavra perspicaz. E foi o primeiro elogio que me lembro.  A tua grande companhia, depois que os olhos já não te deixavam ler os livros que forram as paredes da tua casa. 







Eu não queria, eu bem te pedia, mas faziam parte de ti. Mas ver maços destes espalhados pela casa era tão bom, era sinal que estavas de visita. 






Vou ter tantas saudades tuas, Tia. 

1 comentário:

  1. Caramba! Tu andas a ler-me as entranhas do coração?

    Beijinho cheio de força!

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