sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

E o que é que essa merda interessa???

As zebras são brancas com riscas pretas ou pretas com riscas brancas?  Que se foda o vestido, que ainda por cima é feio como a noite! 

Pessoas que vão aos velórios e contactam com familiares em luto, este recado é para vocês

Coisas a não fazer, a não ser que queiram despertar em mim nos familiares instintos fortemente violentos:

 - não me esfreguem, não vai sair de dentro de mim um ser que vos vai conceder três desejos. Em mim, até pode viver um génio, mas eu não sou a lamparina do Aladino;

- a frase "tens que ser forte, a vida é mesmo assim" podem enviá-la onde o Sol não brilha;

- se não se encontram há muito tempo e têm vontade de pôr a conversa em dia, façam-no longe dos ouvidos dos familiares, que parecendo que não, até estão tristes e a tentar assimilar uma perda. A capela até oferece chá e café, sim senhores, mas aquilo não é uma tasca!;

- ideias de negócio a dar rios de dinheiro? Metam-se no negócio das flores! PQP....;


Para já, é só. O dia foi longo e a memória hoje está curta. Mas considerem-se avisados, caralho!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Como em tudo, como olhas para o copo que contém 1/2 de água?

Dei de caras com isto agora há pouco, quando cheguei a casa, vinda de onde? Ironicamente, do modelo/continente/whatafuck onde trabalhei durante quase cinco anos. E isto deu-me que pensar. E a minha cabecinha ficou a fazer um rewind. Porque é que eu guardo boas recordações daquele sítio e ainda mantenho contacto com algumas das colegas? Mas ao mesmo tempo, porque é que evito fazer as minhas compras lá? 
Esta trabalhadora, que está exactamente na posição onde eu estive, tem as experiências dela, reconheço umas, outras são completamente diferentes. E depois pensei: será que foi ela que me atendeu hoje na caixa e o sítio onde estive mudou assim tanto? Ou tive eu uma sorte incrível na maneira como fui tratada a maioria das vezes aquele tempo todo? Será que na minha altura era uma coisa, e agora, sabe-se lá por causa do quê ( puta da crise que é desculpa para tudo! ), tudo mudou para pior? 


Por partes (descubra as diferenças):
  • 1 – salário
  • Trabalho 20h semanais em troca de 260€ mensais, o que dá pouco mais de 3€ por hora. Que isto se possa pagar a alguém em 2015 devia ser motivo de vergonha para um país inteiro. Que seja um milionário a pagar-me esta esmola devia dar pena de prisão efectiva.   Não, não é bom o dela nem era bom o meu. Como poderia? Não fazemos trabalho qualificado. É verdade que é o dinheiro que nos paga as contas, todos precisamos de sustento, mas o que não trouxe em dinheiro, trouxe em experiência e toneladas de material de formação de atendimento e serviço ao cliente. Apesar da minha memória de elefante, não me consigo lembrar de um trimestre em que não me fosse dada formação. E era mesmo dada, não era a minha assinatura num papel como se tivessem perdido tempo comigo. Ali, o tempo foi investido. Em todos os meus trabalhos seguintes, usei muito do que aprendi ali. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Calma! Eles só querem o teu nome!

No meu trabalho uso uma placa de identificação com o meu nome e função. Volta e meia, um cliente qualquer, normalmente, velhote, está a falar comigo, desvia o olhar e sei que está à procura do meu nome. Mas há sempre ali aquele meio segundo em que penso que me está a olhar para a mama esquerda. 


Aconteceu, entre muitas vezes, hoje. E lembrei-me disto.  


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Neste blog não se fuma!






Se um dia eu aparecer morta numa valeta, desconfiem das empresas tabaqueiras. O meu sonho é foder-lhes o negócio todo. Antes que eles ( com ajuda da decisão dos próprios fumadores ) fodam a saúde ao pessoal. 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Saudade é isto

Ter a sensação de que os teus olhos brilhavam mais quando olhavas para mim. Alinhar na tua chantagem, se eu comer a sopa toda, fazes-me uma gemada com os ovos das tuas galinhas. Saber que fazias beringela frita, porque eu dizia que era gulosa daquilo. Olhar para ti e pensar que ninguém no mundo era mais bonito. Ouvir vezes sem conta a história de como não sabias fazer empadas e no dia em que te iam ensinar a fazê-las madrugaste para as tentares fazer sozinha e no resto da tua vida era a mestre. Até hoje, não como as de mais ninguém. Alternar entre a certeza de saber que eu era a tua neta preferida e a dúvida de pensar que se calhar parte do teu encanto era fazeres cada um de nós, os 9 netos, especiais e únicos, os melhores e os preferidos. Ter como um dos primeiros pensamentos " ainda bem que já não estás cá" quando um dos teus netos se matou e nos deixou à nora, pois sei que isso te mataria de desgosto. Maravilhar-me com a tua alegria e força, sabendo que lá dentro, algures, carregavas a dor de ter perdido dois filhos. Fazer-te festinhas na mão nos poucos instantes em que mostravas a tristeza e te fugia uma lágrima ou duas. Decidir que queria para mim um amor como o teu, quando via como o Avô te respondeu quando lhe disseste que ele tinha mesmo que tomar aquele medicamento, que lhe ia fazer bem... " O que me faz bem és tu..." Fazer de propósito uma birra para comer, mesmo tendo fome, só para me contares as histórias e as peripécias dos meus tios, teus filhos, achavas que eras tu a única com manhas, não? Saber que a minha divisão preferida numa casa é a cozinha por ser o sítio onde me sinto mais próxima de ti. Saber que eu era a resposta à pergunta " Quem é amiguinha da avó, quem é?" 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Lamechas mais lamechas não há ( faz de conta que hoje é dia 11 )

Um vento e um frio do caralho catano, alertas amarelos e sei lá eu mais o quê, tudo a queixar-se do frio, como se fosse um espanto estarmos em Janeiro e sentirmos temperaturas de 3ºC e a romântica que há em mim lembra-se daquela madrugada há dois anos em que fiquei colada ao chat do facebook a falar contigo até de manhã, a enganar o medo que estava a sentir ( tenho medo de trovoada, que fazer?)  e a aperceber-me que me estava a apaixonar pelo gajo que tinha visto há uma semana atrás, apenas por algumas horas.