quarta-feira, 8 de julho de 2015

Ninguém está a ver, mas ainda não parei de sorrir desde que soube disto

Eu cá gosto de ser Portuguesa. Adoro. Tenho um orgulho desmedido em quase tudo o que é Português. E gosto ( ou gostaria ) de ver o rácio das importações / exportações assim a tender para o desequilibrado, porque com tanta, tanta, tanta coisa boa neste nosso lindo País, o mundo inteirinho só tinha era a ganhar com mais tuguisse ( palavra fresquinha, acabadadinha de inventar ). Não percebo muito de importações, mas penso que importamos algo que cá não temos ou não conseguimos criar. Ora, calha que a importação da qual falo hoje podia perfeitamente ter sido criada em Portugal. Acontece que não foi e nasceu na Cidade do Cabo, na África do Sul. É a bondade e a generosidade e o respeito por todos os humanos, vivam eles onde viveram, num T8 ou 16 com vista sei lá eu para onde ou na rua, ao frio, ao sol, à chuva. Esta iniciativa não olha para as pessoas para baixo, numa atitude de a-cavalo-dado-não-se-olha-ao-dente-e-se-eu-te-estou-a-dar-isto-só-tens-que-agradecer-calar-e-vestir. Oferece a oportunidade a pessoas sem-abrigo de terem uma experiência de ir às compras e escolher as coisas que de facto querem usar, não são doações quase impingidas. O video explica. 




Eu aplaudo. E os meus olhos enchem-se de emoção. E rebento de orgulho e alegria porque esta belíssima iniciativa vai chegar a Portugal, pela mão, claro, do Bairro do Amor. E como é que isto podia ser ainda mais tocante? A acção vai focar-se na infância. Mães e pais que vivem com os seus filhos nas ruas do Porto (sim, existem) vão escolher roupa, calçado, brinquedos e material escolar.  O poder mágico da escolha, da vontade própria. Um bocadinho do gosto da liberdade que vive no poder de decisão. Priceless.  Importações destas nunca são demais. 


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